domingo, 17 de julho de 2011

HISTÓRIA DA CULINÁRIA MINEIRA

  
 A história da culinária começa nas explorações de ouro em nossa região nos idos de 1690. As culturas aqui existentes era a dos índios que  já habitavam nossas terras. Chegaram então os escravos, portugueses, e juntamente com colonos e índios deram início a nossa culinária. Apesar da resistência dos índios acabaram contribuindo com suas sementes  para a culinária se juntar com os recém chegados e transformarem nossa história.
   Com a identificação entre índios e escravos, surgiram nossos alimentos tão ricos que em nossos solos férteis de tudo se dá. Os escravos trouxeram seu condimentos e os indios já plantavam: mandioca, inhame, que eram preparados em panelas de barros, em balaios entre outros utensílios típicos.
   Como a dificuldade de se trazer alimentos de outras áreas povoadas no Brasil, país continental,  a comida do índio se tornou fundamental na alimenta;ão de todos todos, desde os escravos até os mais poderosos como os portugueses. O milho estava presente no café da manhã nas deliciosas "quitandas",  até o jantar como acompanhamento do frango ao molho pardo (que precisa ser feito com sangue fresco) qual seja, o nosso querido angu.
    A falta de espaços nas vilas encostadas na montanhas obrigou o surgimento de hortas e pomares, onde se planta couve, taioba, feijão, milho, ínhame, banana, laranja...
  Criava-se animais como galinha e porcos, onde podia ser aproveitados de diversas formas já que os portuguesas não permitiam os desperdícios.
    Comidas e doces como leitão a pururuca, lingüiça com mandioca,carne de sol com mandioca, costelinha de porco, couve, frango caipira com angu, tutu de feijão, frango com quiabo, vaca atolada, doce de abóbora, arroz doce, doce de leite, queijo, doces cristalizados fazem da culinária mineira uma das mais fáceis de serem reconhecidas através do seu sabor tão típico.
    Quando surgiram os tropeiros em 1822, começava-se assim o comércio, traziam a águardente tão famosa em nosso Estado, sementes e o sal que era algo raro e caro. Águardente de cana trazida para Minas pelas mãos dos bandeirantes e dos garimpeiros como forma de aquecê-los no frio das alterosas mineiras.
    Houve época em que servia como moeda de troca na compra de escravos africanos. Atualmente a cachaça é fabricada em fazendas de praticamente todo estado, servida como aperitivo ou nas rodas dos bares.
     No final do século XIX a expansão das fazendas leiteiras de Minas inclui de maneira definitiva o leite e seus derivados no cardápio do mineiro. O queijo-de-minas passa a ser o símbolo máximo da mineiridade sendo quase inconcebível imaginar um mineiro que não goste de queijo e das iguarias fabricadas com ele, como o famoso pão-de-queijo, o queijo de minas. O que era inicialmente apenas um biscoito de polvilho apreciado pelos senhores das fazendas tornou-se um produto nacionalmente conhecido. Atualmente o pão de queijo já é apreciado até em outras línguas.
     No Norte de Minas, onde a pecuária é a principal atividade econômica, há o predomínio do consumo das carnes de boi com destaque para a carne de sol. A faixa de vegetação típica do cerrado que corta a região faz do arroz-com-pequi o seu prato mais típico. Nas margens do Rio São Francisco - o Velho Chico, o peixe é o principal sustento dos pescadores e faz a fama das cidades ribeirinhas.  O sul, além de toda a sua riqueza agrícola produz laticínios e doces finos, também produzidos de maneira tradicional pelas doceiras de Araxá, a produção de pokan e café em Campanha. O Nordeste de minas parece guardar aquele gosto português pelos temperos, pois na região são usados temperos naturais como o urucum e o açafrão que dão um colorido especial à comida.

     Por isso que sempre recebemos nossas visitas na cozinha, sempre oferecendo um bom cafézinho, afinal é um lugar abençoado. Repare, o mineiro pode até te receber na sala, mais sempre termina na cozinha.
Beijos a todos.

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